sábado, 25 de junho de 2011

"Civilização da imagem? Na verdade uma civilização do clichê, na qual todos os poderem têm interesse em nos encobrir as imagens, não forçosamente em nos encobrir a mesma coisa, mas em encobrir alguma coisa na imagem. Por outro lado, ao mesmo tempo, a imagem está sempre tentando atravessar o clichê, sair do clichê. Não se sabe até onde uma verdadeira imagem pode conduzir: a importância de se tornar visionário ou vidente."


(G. Deleuze)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hotel #3

Não, não meu bem. Não me peça mais para ficar, não me chame para suas vontades; não pense que é desfeita, mas é que naquele salão, sob a luz dos postes e das fracas lâmpadas no teto, ficou você. Ali ficou a idéia de uma mulher, essa que visitava meus pensamentos quando eu menos esperava. Essa, doce, completa; (talvez eu a conhecia). Ali ficou aquela mulher.

Não imagine que eu me sinto mal. De fato, não estou assim. Mas cada passo em direção ao chão de madeira trazia um pouco daquela mulher. Esqueça, já não vale a pena pensar nisso. Porém, te esperava, de alguma forma te aguardava. Ali ficou aquela idéia.

Ah, meu bem, nada mais me demove. Nem os exércitos, nem as canções, nem as danças; nem mesmo você... Não se preocupe. Mas, por favor, não me espere mais no final da festa; não espere que eu venha até você. Pois ali, naquele chão de madeira mal iluminado, ficou a idéia de ti.

Hotel #2

I've just woken up
The sun just set.
She's by my side,
I watch her eyes closed;
She's drowing in her own dreams.
I wonder wether she knows i'm leaving...
By the time she wakes up, she'll kiss me
And, somehow, i won't be there.
I'll kiss her and stare at her
It seems she's looking for someone
Within me. I lost that one, dear, a long time ago.
But isn't your fault, i would say
Neither mine.
I wonder why she laughs,
She'll be broken, you know,
I'll be too.
She, oh, she would never grasp.