segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hotel #3

Não, não meu bem. Não me peça mais para ficar, não me chame para suas vontades; não pense que é desfeita, mas é que naquele salão, sob a luz dos postes e das fracas lâmpadas no teto, ficou você. Ali ficou a idéia de uma mulher, essa que visitava meus pensamentos quando eu menos esperava. Essa, doce, completa; (talvez eu a conhecia). Ali ficou aquela mulher.

Não imagine que eu me sinto mal. De fato, não estou assim. Mas cada passo em direção ao chão de madeira trazia um pouco daquela mulher. Esqueça, já não vale a pena pensar nisso. Porém, te esperava, de alguma forma te aguardava. Ali ficou aquela idéia.

Ah, meu bem, nada mais me demove. Nem os exércitos, nem as canções, nem as danças; nem mesmo você... Não se preocupe. Mas, por favor, não me espere mais no final da festa; não espere que eu venha até você. Pois ali, naquele chão de madeira mal iluminado, ficou a idéia de ti.

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